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Diga-me algo bom: estou há meses sem consumir


“Queria muito passar por aqui só para poder responder ao seu pedido de ‘diga-me algo bom’.” Essa foi a primeira coisa que meu cliente disse ao sentar-se na poltrona para sua sessão de terapia. Logo eu entenderia o motivo de sua felicidade.

Eu havia atendido esse cliente algumas vezes no segundo semestre de 2018 e, depois, no segundo semestre de 2019. A primeira vez que ele foi ao meu consultório, ele se queixava de altos níveis de ansiedade, mas ocultou o verdadeiro motivo dessa condição: vício em cocaína. Esse fato veio a ser revelado bem mais tarde.

Como foi o caso de meu cliente, esse tipo de adicção é cruel e, lentamente, destrói o próprio ímpeto de reação do viciado.

Depois de entender a abrangência da questão dele, para abordar o problema, entre outras, resolvi aplicar a Técnica de Libertação Emocional (Emotional Freedom Technique, ou EFT), uma terapia da psicologia da energia que associa acupressão e ressignificação de memórias e impulsos e remove a carga emocional de problemas de inúmeros tipos.

Como era o caso de meu cliente, viciados em narcóticos sofrem ondas de ansiedade que dominam a pessoa, e os desejos que ela sente junto com tais ondas a fazem se entregar, não importa o quanto tente combater o ímpeto. Aliás, esse processo é idêntico àquilo que ocorre com outros hábitos.

Distante do conhecimento do adicto, esses sentimentos e respostas emocionais são, de fato, padrões de energia, muitas vezes antigos e enraizados, e a EFT pode acalmar e removê-los. Sem eles, a pessoa pode se libertar.

Tomado de culpa, o dependente pode achar que o impulso emocional que sente resulta do desejo ou do medo, mas, na verdade, é o impulso o verdadeiro condutor do seu hábito. Por isso a EFT funciona muito bem como caminho para o tratamento do vício em drogas. Seguindo esse raciocínio, inclusive para iniciar o tratamento de meu cliente, a visão foi a de que uma vez que o processo remove a carga emocional que está ligada ao pensamento, é possível redirecionar e inibir o hábito.

Quem não é viciado pode pensar em cocaína, álcool, maconha, remédios ou heroína, e isso não passa de um pensamento, sem emoção vinculada. Assim, a ideia só passa pela mente da pessoa. Por outro lado, quando o viciado pensa no narcótico, surge o medo, a emoção e o sentimento de desejo, as emoções negativas surgem no corpo, transformando-se no pensamento que leva ao consumo, e é isso que dispara o gatilho para que a pessoa alimente o vício.

No início de qualquer dependência, há um período de lua de mel em que a complacência com a droga de escolha parece uma coisa boa. Qualquer um que já tenha convivido com o dependente sabe que ele acredita estar no domínio, que pode parar em qualquer momento se quiser. Mas esse raramente é o fato. Dependendo da pessoa, o período de lua de mel pode ser curto ou longo, mas, por mais longo que seja, uma vez que passa, o relacionamento com a droga se torna um pesadelo.

Não costuma demorar muito para a pessoa perceber que a coisa que parecia tão boa e relaxante ou que lhe deu confiança no início agora está a arrastando para o buraco, a derrubando à medida que se apodera dela. E foi isso que aconteceu com meu cliente.

EFT para narcoadicção

A EFT pode impulsionar a resposta emocional. Para algumas pessoas, isso acontece imediatamente, logo na primeira sessão; já outras precisam ser mais persistentes, mas com a dedicação necessária para se libertar do hábito e vontade de fazer o que for necessário, elas podem se livrar.

No caso de meu cliente, também utilizei outras abordagens para mostrar a ele alguns caminhos que poderiam aumentar sua resiliência ao enfrentar o desejo do hábito. Dentre elas o estabelecimento de marcadores positivos que o ajudariam, ao retornar para casa, a não desviar de seu caminho normal para ir em busca da droga. Curiosamente, o que funcionou para ele foi inverter os marcadores positivos e utilizar negativos para lembrá-lo do alto custo que o consumo da cocaína estava tendo para ele, física e emocionalmente, há bastante tempo. Segundo seu relato, a integração das diferentes técnicas e, em particular, uma frase de reforço utilizada durante o processo de EFT o marcaram profundamente: “você tem o controle, só não percebeu ainda; quando essa percepção acionar em sua mente, poderá conter o impulso”.

Agora, meses mais tarde, ele se sente resiliente e diz não pensar mais no uso da droga. Tudo tem sua hora e momento, e a EFT foi a mola propulsora que criou a hora e o momento para esse cliente.

O que é a Técnica de Libertação Emocional:

- uma técnica de “tapping” (tapinhas) que pode eliminar da fisiologia dores e traumas antigos

- uma terapia de energia testada e comprovada que tem o poder de libertação de vícios e comportamentos viciantes

- uma maneira de mudar a forma como se pensa e, então, a vida da pessoa

- uma maneira de ativamente programar a mente e sistema nervoso para adotar uma atitude diferente em relação a um problema

- um método de cura que frequentemente funciona para casos para os quais nenhuma outra abordagem havia funcionado anteriormente

- fácil de aprender a usar: depois de um punhado de sessões, qualquer pessoa pode aplicar essa técnica para aliviar desejos e impulsos a qualquer momento e em qualquer lugar.

- 100% segura e sem contraindicação.

Cada vez mais terapeutas estão aprendendo a empregar a EFT com seus clientes em conjunto com suas outras abordagens terapêuticas regulares.

Embora muitos dos que se beneficiam da EFT buscam aprender o protocolo básico dela para usar a EFT de maneira eficaz em seus próprios problemas e nos de familiares e amigos, é melhor contar com a ajuda de um profissional treinado para lidar com questões complexas. Dito isso, dores de cabeça, medos, fobias, nervos, estresse, desejos e muitas outras coisas podem ser tratadas com conhecimento básico de EFT.

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